segunda-feira, 10 de setembro de 2012

insone outubro

Do retiro do sono
me retiro
Praticante insensata do sonho acordado.
Se os olhos de fecham
É lá dentro mesmo
que acontece a confusão
Mas se for a voz da dúvida
                               da dívida
                               da vida
                               da decisão
resolve falar noite adentro
Junto os meus na sala
pra tecer canção.
Compor o tempo da falta de sono
(da falta de quase tudo)
Cantar bem alto
Destrambelhar a madrugada
Ensaiando o dia
em que a viola há de ser
a insônia de quase todos
E os meus serão uma praça
e as ruas e os cantos
Mas mesmo aí
depois de tanto cansaço
Não haverá o sono dos justos
Que de tanta vida
Não se dorme em outubro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário