domingo, 12 de maio de 2013

Jardim de Inverno

Numa roda de fogo
Baila redonda a vidamorte
rodopiam suas bailarinas
todas elas dançando em ponta
a natureza
a presença
o tempo
e a sorte

Para o falecimento do dia
sua calada arde a fogueira
diante do frio
um medo pequeno queima em brasa

Se os olhos gigantes
e a boca vermelha
fossem da morte
- mas não são
(o perigo é uma invenção)

No parlatório ninguém fala
Todos são parte da dança

Se assustou porque?
Na linha de frente
É tanta luz que não se vê.

Nenhum comentário:

Postar um comentário