sábado, 14 de dezembro de 2013

Em gratidão

Por quem toma o braço
do ingrato?
Um laço feito de sal
comido junto grão-a-grão
Se desfaz em pó.

Na beira da onda salgada
dói uma ponta
Mas não pode morrer
O mar não sabe morrer

Se em desmonta dos seus
Não pode ver
Além do que se acerca
Há sempre uma cura
que é o nosso sorriso
adentrando com as vigas
na vida arrebentada

Se quando longe
não posso consigo
ser eu de tôdo
Ao mesmo tôdo o que passa
pelos fios microópticos
tele ondas de rádio
um incêndio que alastre
a fumaça preta do meu calor

Questionar a presença
d'um amor ardido
É desafiar ante os olhos
uma criança e sua coragem de voar
Esta, que mesmo com medo
Olha para frente e pula.

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