sábado, 14 de dezembro de 2013

Ode O

Seu eu riscar a faca
na sua garganta
vai chover um desespero
vai molhar a lembrança
que o teu sangue é tempero
que não vai sal

Se eu te risco da lista
(não me arrisco)
a festa vai acabar
com salgado frio
cerveja quente
e com gente chata
que só sabe falar

Se eu dilatar
meu punho cerrado
e der no meio do meio do errado
olhar na sua cara
com cara de
E aí?
Te mandar à merda
Ouvir uma dor imensa
crescer dentro de mim.

Porque o mundo está cheio de solidão.

E no fundo do que vejo em ti
Ela acontece
Sozinha, como sempre
bêbada, descolada, pronta pra matar

E sabe
prestes a dormir
que a manhã a morte
não vai passar d'uma ressaca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário