sexta-feira, 19 de outubro de 2012

ao marinheiro

Vou desabar os ombros
sobre as costas
dessa história mal contada
Um sambatômico, atônito

Foliões em dó menor encheram meu copo
dizendo
Sentaí, diz qual foi a dessa vez
Que nada!

"Meu parceiro deu um nó de marinheiro no peito"

"Se desabotoa, que o sonho é um
 Novo laço imaginando seu fim"

Amarrado firme numa haste de cais
Definitivo
Abandonara o mar
Des-espera a chance de outro sonho
Que não seja um traço em dó

Seja um sol
Desatado
luz estourada, só em sonho
Uma estrela de ressaca
Nas cordas, bambas busco
Um samba-sonho em alto mar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário