quarta-feira, 23 de abril de 2014

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Fique em paz com sua sina
sua saliva de cobra
que adoça a minha
mas do veneno que abre
a porta dos fundos da mina
de cobre
de sobras
de sonhos de esquina (de menina)
não tenho medo da fonte (da sorte) (da morte)
sem água e sem gelo
de onde brota os cabelos
que te amarram em mim
Faça doer sossegado
aquele grito engasgado
subindo os telhados
para ver mais de si
Depois se vire de lado
e aperte o recado
desenhado para ti.

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