Na ignorância de
no caminho
catar do chão as pedras
para lá adiante trilhar o caminho
e caminhando rápido
para juntar mais pedras
chegar tão longe
sem olhar as caras
se ouvir os assobios
(nem mesmo assobiar)
ou sem nem dizer alô.
Com o peso mórbido
de um saco nas costas
Pedra por pedra
erguer um castelo
e se guardar na torre
Do alto ver
quantos foram se perdendo
no percurso
O que caiu o queixo
diante do sol nascente
e nunca mais se levantou
O que amou perdido
perdeu até os dentes
quando o amor passou
Os pequeninos
vidrados no homem
de saco nas costas
cresceram o tempo
e fizeram pedreira
Mas chegar ao fim
Da janela da torre
ver ao longe
ter erguido um castelo
no final do caminho.
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