segunda-feira, 2 de abril de 2012

A idéia forte, o corpo frágil não comporta.
Se me comporto, guardo a cabeça na caixinha de jóias.
O que possuo, é para ser exposto:
frente ao vento, diante da bala.
Não calo!
Nem morto fico em silêncio.
Tenho mil vozes.
Sua textura é pálida, enquanto dorme.
Mas a estação do sono não tarda findar.
Um inverno de rigor nocivo avançou garganta abaixo.
Daqui debaixo já vejo escorrer o gelo.
Vai nascer o dia, surgir a primavera entre os dentes do banguela.

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