O mar era um barranco
para o fundo
As laranjeiras
sua flor em cheiro
Tão imenso
Que era o cheiro do mundo
Nada tinha fronteira, placa, dono
Nem mesmo se pensava nisso
E era como se quem estivesse
da varanda vigiando
Soubesse que a cada dia
Estaria esperando
Um outro tempo pra puxar rasteiro
O tapete do sono
Hoje o único alento
Todo o tempo, o pé de barro, a água corrente
Costurando o sorriso permanente
Que picota o cartão e obedece o sargento.
Debaixo da minha cabeça um corpo grande
A vida distante, aquela
Ficou a sequela
do daqui em diante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário