segunda-feira, 10 de novembro de 2014

O primeiro Adeus ou Vai, balão!

Começou na praça do coreto
no domingo à noite
do interior de são paulo
o aprender a deixar ir

As crianças volumosas
mastigando pipoca
correndo emboladas
em frente aos velhinhos da banda
a gastar
suas tampas de dedões

De lado
eu olhava a linha do balão de gás
presa entre os dedos
Abria e fechava rápido
fingindo conceder a liberdade
Mas pequenas mãos
não agarram sempre
o destino a tempo
E tombando o pêndulo
do pescoço assustado
os olhos esbugalhados
e a garganta seca
olhava aquele ponto vermelho
a navegar o infinito
até sumir no escuro azul.

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